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bom trânsito

Dia nacional do ciclista

Dia 19 de agosto, vamos comemorar o Dia Nacional do Ciclista. A data é uma homenagem ao ciclista Pedro Davison, que morreu após ser atropelado por um carro em alta velocidade enquanto pedalava. A iniciativa visa promover um trânsito mais harmonioso e estimula o uso desse veículo, que é ecologicamente correto e benéfico à saúde, nos deslocamentos diários pelo país.

O transporte por meio de bicicletas infelizmente ainda não é um hábito frequente entre a maioria dos brasileiros. Estima-se que o Brasil tenha hoje cerca de 70 milhões de bikes, porém não existem quase vias exclusivas e seguras para se trafegar. Os ciclistas disputam espaços nas ruas com carros, caminhões e ônibus, e, na maioria das vezes, são ignorados, ou se quer percebido por eles, fato que provoca diversos acidentes e coloca em xeque a utilização do meio de transporte.

Um levantamento feito pelo site G1 evidencia que as 26 capitais do Brasil acumulam apenas 1.118 km de ciclovias ldquo; número que representa somente 1% do total da malha viária das cidades (97.979 km de rua). O Rio de Janeiro ocupa a primeira colocação, com 361 km de extensão. Segundo a Prefeitura da cidade, são realizadas 1,5 milhão de viagens de bikes todos os dias. Para efeito de comparação, a cidade de Amsterdã, capital da Holanda, possui 400 km de ciclovias, sendo que a área territorial e população são significativamente menores em relação ao Rio de Janeiro.

Os ciclistas não necessitam de qualquer tipo de habilitação oficial para dirigir, e o Código de Trânsito Brasileiro (artigo 105, inciso VI) exige como equipamentos para as bicicletas a campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo. A resolução nº 46, de maio de 1998, detalhou essas exigências e determinou a obrigatoriedade dos itens a partir de janeiro de 2000, mas esses dispositivos são ainda negligenciados por muitos ciclistas, o que coloca sua segurança em risco.

Infelizmente, pouco se tem feito para a segurança desse grupo, como por exemplo, o capacete ainda não é um item obrigatório, porém é importantíssimo para amenizar o impacto sob a cabeça em caso de acidentes. Além disso, não existe uma fiscalização rigorosa quanto ao uso desses equipamentos de proteção, sendo assim, as bicicletas são mais vulneráveis e necessitam de mais cautela dos seus usuários e respeito dos demais veículos que compartilham as vias.

Esse tipo de veículo tem ganhado cada vez mais espaço no trânsito em geral. Algum tempo atrás, era utilizado apenas como forma de lazer, e devido à ideia de sustentabilidade, somado aos longos congestionamentos provocados pelos veículos automotores, andar de bicicleta tem sido um hábito muito saudável para a mobilidade urbana. Pedalar melhora o condicionamento físico, aumenta a capacidade cardiorrespiratória e a prática está entre as mais apropriadas na prevenção e tratamento de doenças como hipertensão, colesterol alto, infarto do miocárdio, entre outras.

Na cidade de Copenhague, capital da Dinamarca, um hotel considerado um dos mais sustentáveis do mundo instalou bicicletas em sua academia, ligadas a geradores de energia, e lançou um desafio: os hóspedes que pedalarem o suficiente para gerar 10 wh de energia recebem um voucher para jantar no Restaurante do Hotel. Para se ter uma ideia, 15 minutos de pedalada mantém uma lâmpada de 60 W ligada por cerca de 1 hora. Já Na França, o governo paga pra quem escolhe ir de bicicleta para o trabalho cerca de R$ 0,80 por cada quilômetro. Já são mais de 10 mil funcionários, de 20 empresas, pedalando por lá.

Parabéns a todos os ciclistas conscientes do Brasil e do mundo!






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